Os adultos voluntários possuem um papel fundamental no Projeto Educativo dos Escoteiros do Brasil,
dando suporte não só aos jovens ao facilitar a criação de oportunidades de aprendizado, mas também à condução da instituição em todos os seus níveis (nacional, regional ou local) exercendo funções de membros das diretorias ou de comissões fiscais e de ética. Sendo assim, o adulto voluntário no Movimento Escoteiro pode atuar de duas maneiras: como escotista ou como dirigente.
Em ambos os casos, os Escoteiros do Brasil oferecem um processo de formação continuada para os voluntários, com o objetivo de garantirmos a qualidade na entrega dos resultados esperados pela Organização. A este processo chamamos de Ciclo de Vida, uma ferramenta que valoriza a presença do adulto no Movimento Escoteiro, além de possibilitar o desenvolvimento de novas competências, a vivência de um ambiente multidisciplinar e o aperfeiçoamento contínuo.
A partir dos 18 anos, qualquer pessoa pode atuar como voluntário no Movimento Escoteiro, sem limite máximo de idade. Para isso, basta ter disponibilidade nos dias de atividade e poder dedicar-se ao preparo destas (duas horas por semana, em média). Para participar, basta encontrar a Unidade Escoteira Local mais próxima da sua casa e entrar em contato. O processo de formação do adulto no Movimento Escoteiro (ciclo de vida) ocorre no decorrer de sua vida escoteira, sendo indispensável a realização de cursos e leituras.
Saiba mais sobre o voluntariado escoteiro e a proposta educacional do Escotismo nos arquivos relacionados ao lado.
O Sistema de Formação de Adultos
O Sistema de Formação de Adultos é parte fundamental no processo de aprendizagem do voluntário. Todo adulto que venha a desempenhar cargo ou função, como escotista ou dirigente, tem o direito e o dever de se aperfeiçoar ao máximo possível para desempenhar suas responsabilidades no Escotismo da melhor forma.
O processo de formação dos adultos compreende todo o ciclo de vida do adulto no Movimento Escoteiro, por meio de uma formação personalizada e contínua, estimulando a autoaprendizagem e o desenvolvimento de competências em três áreas: conhecimento e como aplicá-lo na solução de problemas; habilidades desenvolvidas por meio da experiência real; e valores e atitudes.
O processo de formação é composto por duas linhas:
- Escotista (que atua diretamente com os jovens);
- Dirigente (que trabalha na administração do grupo escoteiro).
Cada linha de formação se dá a partir da vivência de rotas de aprendizagem específicas (divididas em 3 níveis progressivos), com o objetivo de desenvolver um conjunto de competências que contribui para a boa prática do Escotismo.
- Nível Preliminar – É evidenciado com comportamentos que demonstram a capacidade de realizar relações simples entre conceitos e elementos próprios do cargo/função e seu dia a dia.
- Nível Intermediário – É evidenciado a partir de comportamentos que demonstram a execução, aplicação e análise permitindo relações entre conceitos e elementos próprios do cargo/função e seu dia a dia, possibilitando a percepção de causa-efeito de suas ações.
- Nível Avançado – : É evidenciado em comportamentos que demonstram a capacidade de sintetizar conceitos, propor novas ideias e a melhoria contínua a partir da autoavaliação/avaliação crítica dos conceitos e elementos próprios do cargo/função e seu dia a dia.
Ao concluir o Nível Avançado o voluntário então recebe a certificação da Insígnia de Madeira.
Escotista
O escotista é o voluntário que atua diretamente com as crianças, adolescentes e jovens em um dos quatro ramos existentes, de acordo com as faixas etárias: Lobinho, Escoteiro, Sênior ou Pioneiro. É importante que o escotista se identifique com o ramo de atuação. É ele quem incentiva e acompanha o desenvolvimento de cada jovem e quem prepara as atividades, de forma que sejam desafiantes, úteis, recompensadoras e atraentes.
É fundamental que os voluntários que atuam como escotistas compreendam a importância do seu papel como educador e exemplo, pontos essenciais do Método Escoteiro. É papel do escotista oferecer aos jovens um espaço de apoio educacional, em uma relação baseada no diálogo intergeracional, no respeito mútuo, na confiança e na aceitação do outro como pessoa.
Também é atribuição do adulto oferecer apoio emocional, informativo e avaliativo, auxiliando-o nas etapas de progressão propostas por nosso Programa Educativo como as conquistas de especialidades, e propondo atividades atrativas, além de orientar individualmente a criança, adolescente ou jovem de modo a estreitar a relação entre a família e o Grupo Escoteiro.
Dirigente
Dirigentes institucionais são os adultos responsáveis pela condução da instituição em todos os seus níveis (nacional, regional ou local) exercendo funções de membros das diretorias ou de comissões fiscais e de ética. Assim como os escotistas, precisam ter disponibilidade para exercer as suas funções dentro do Movimento Escoteiro.
Cabe ao dirigente institucional as funções de apoio logístico, administrativo e financeiro às atividades desenvolvidas nas Unidades Escoteiras Locais e em outras instâncias dos Escoteiros do Brasil. Os dirigentes não participam diretamente das atividades das seções, porém são fundamentais para que elas aconteçam. Todo dirigente, ainda que de forma indireta, contribui para a formação das crianças, adolescentes e jovens dentro do Escotismo.
Da mesma forma que os escotistas, os dirigentes devem também estar disponíveis para realizar eu processo de formação (ciclo de vida) e se desenvolver dentro do Movimento Escoteiro, pois é neste momento em que o adulto se dedica a conhecer mais profundamente a proposta educacional do Escotismo, o seu papel no Método Escoteiro, bem como sua função nas Unidades Escoteiras, seja ela como escotista ou dirigente.
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